É triste assistir as notícias do Rio de Janeiro. Como pode toda uma cidade [maravilhosa] estar de joelhos ante a criminalidade, a barbárie, um verdadeiro faroeste urbano em pleno século XXI, na segunda cidade desta nação que se crê uma das 6 maiores potências econômicas mundiais em poucas décadas?
Para começar, porque os compatriotas cariocas não conseguem abrir os olhos e enxergar que 'a mídia' apenas noticia o que aconteceu na vida real?
Porque os cariocas ilustres (ministras, esposas de cantores vítimas de assaltos e seqüestros, por exemplo) não aproveitam a violência de um assalto em plena via expressa ou em plena Zona Sul para denunciar o descalabro violento por que passa sua cidade, em vez de vir com a velha e encardida estória de que 'isso poderia ter acontecido em qualquer cidade grande do mundo' e 'o Rio de Janeiro continua lindo'?
Sim, realmente é normal, em Bagdá ou em qualquer outra cidade que esteja em guerra civil, que não tenha lei, que seja dominada pelo crime organizado, cujas instituições sejam corrompidas e cuja população, inocente e impotente.
Porque não me recordo de ter visto nenhuma das últimas cenas registradas no Rio em qualquer cidade do mundo que se preze.
Já passa da hora de o Rio de Janeiro receber a prometida redenção, tão bem representada pelo Cristo. Mas o primeiro passo é a população deixar o bairrismo de lado, e trocar as caminhadas pela paz por ações concretas na hora de eleger os seus líderes e exigir deles o que merecem: SEGURANÇA.
Passa da hora de trocar o orgulho pela vergonha, ainda que esta seja uma arma de sensibilização política.
terça-feira, 13 de março de 2007
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Um comentário:
Elson, acho que não só no Rio, mas em todo o Brasil, falta na população (incluo-me aí) a consciência de que precisamos fazer algo de concreto. Temos como escudo a idéia de que "o mundo está perdido, não tem mais jeito".
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